Os preços das commodities digitais serão vinculados ao preço das commodities agrícolas, como soja (SOYA), milho (CORA) e trigo (WHEA) em dólares americanos. Esses tokens digitais podem ser mantidos ou trocados por insumos, serviços e outros bens.
“A solução digital permitirá que os agricultores e o agroecossistema tenham acesso fácil e contínuo a um novo sistema de financiamento, ampliando a capacidade de crédito, usando grãos tokenizados”, explicou a instituição financeira em comunicado.
Cada token é apoiado por uma tonelada de grãos entregue em um armazém. Além disso, todas as toneladas também são validadas através de um PoGR (Proof of Grain Reserve).
O Santander diz que o PoGR é um sistema "transparente, seguro, descentralizado e verificável em todos os momentos por meio de uma infraestrutura de segurança multi-cadeia usando a tecnologia Ethereum, Polygon e Algorand, dependendo dos casos de uso ideais para cada um".
Para acessar os tokens, o produtor entrega o trigo como back-up e então, via tokenização online, recebe os Agrotokens em sua carteira. Eles poderão trocá-los por outras sementes, veículos, máquinas e combustível.
Você também pode usá-los como garantia de empréstimo, bem como solicitar um cartão pré-financiado com seus Agrotokens.
Embora as duas empresas não tenham dado uma data para o lançamento da iniciativa, confirmaram que realizaram testes piloto com produtores argentinos para validar técnica e operacionalmente a operação do projeto.
Esta é a primeira experiência no mundo que apoia empréstimos simbólicos baseados em commodities agrícolas, como soja, milho e trigo. Junto com o Santander, estamos cocriando diversos produtos financeiros para oferecer aos agricultores um serviço que lhes permita acessar de forma fácil e integrada um novo sistema de crédito lastreado em seus grãos - Eduardo Novillo Astrada, CEO da Agrotoken.
Agrotoken da Argentina ganhou impulso para desenvolver tokens para o setor agrícola, em grande parte graças à Investidores que confiaram na iniciativa.
No total, a Agrotoken recebeu US$ 5 milhões em 2021 por ser uma das empresas voltadas para atender diretamente consumidores ou empresas na área business-to-business (B2B).
Esse número está refletido no relatório anual da Associação Latino-Americana de Investimentos Privados (LAVCA), que mostrou um crescimento significativo do capital de risco direcionado às empresas da região.
O investimento total quase quadruplicou de 2020 a 2021, enquanto os investimentos em bitcoin e outras criptomoedas, finanças descentralizadas (DeFi) e empresas de blockchain aumentaram dez vezes no mesmo período.
O financiamento total de projetos de capital de risco no subcontinente aumentou de US$ 4,143 bilhões em 2020 para US$ 15,736 bilhões em 2021, com um crescimento anual de 279%.
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