O presidente da Bielorrússia emitiu formalmente uma proclamação apoiando o livre fluxo de criptomoedas no país.
O presidente Alexander Lukashenko, que trabalha há anos sob o título de último ditador da Europa, assinou um decreto na terça-feira intitulado "sobre o registro de endereços de carteiras virtuais e a circulação de criptomoedas".
A diretiva estabelece uma estrutura legal para o regulador de criptomoedas da Bielorrússia Hi-Tech Park (HTP) manter um registro de endereços de carteira virtual usados em operações ilegais.
De acordo com o decreto, as atividades de criptomoedas exigem “monitoramento constante” e, se necessário, “integração e esclarecimento de regras regulatórias”.
Ao fazer isso, protege os participantes e investidores de criptomoedas de possíveis perdas e evita que eles sejam "involuntariamente envolvidos em atividades proibidas por lei".
A Bielorrússia revelou recentemente que não tem planos de impor regras mais rígidas à estrutura regulatória do país para o setor de criptomoedas. Isso ocorre quando a Rússia, um aliado próximo da Bielorrússia, considerou uma proibição geral de uma série de ativos criptográficos, incluindo mineração, negociação e investimento.
"Mudanças restritivas no modelo regulatório existente não estão previstas no momento", disse a HTP bielorrussa à Bloomberg.
Uma nação amiga das criptomoedas
O presidente acredita que seu país "tem todas as chances de se tornar um centro regional na área [de criptomoedas]".
Para fundamentar sua afirmação, o país se moveu aos trancos e barrancos ao adotar movimentos amigáveis às criptomoedas. Por exemplo, o país criou condições favoráveis para o desenvolvimento da tecnologia blockchain e negócios baseados nela.
Além disso, a Bielorrússia se tornou a primeira nação a legalizar contratos inteligentes, introduzindo-os na jurisdição e dando às empresas o direito de usá-los em transações.
Além disso, o HTP da Bielorrússia tem sido o principal terreno para experimentos piloto com operações de token digital. Empresas de criptomoedas residentes e investidores internacionais obtêm uma série de instrumentos sob a lei inglesa, a saber, empréstimo conversível, contratos de opção, não concorrência, não solicitação, indenização.
De acordo com dados de propriedade da TripleA, mais de 350K ou 3,73% dos bielorrussos atualmente possuem criptomoedas como Bitcoin, Ethereum, embora não saibamos se elas são negociadas em plataformas como Sistema Bitcoin.
Estatuto legal das criptomoedas na Bielorrússia
A Bielorrússia é uma das primeiras nações a legalizar ICOs, criptomoedas e contratos inteligentes. O Prez Lukashenko aprovou uma lei em 2017, que permite oficialmente a criação, emissão, armazenamento, venda ou troca de tokens digitais, bem como trocas de criptomoedas e operações de mineração.
A regra oferecia incentivos fiscais e incentivos legais para negociar moedas digitais na tentativa de transformar a Bielorrússia em um paraíso internacional de tecnologia e negócios.
Embora não haja restrições às atividades de criptografia, a legislação bielorrussa disse que as pessoas jurídicas só podem criar, adquirir, descartar tokens e realizar outras transações por meio dos residentes do High-Tech Park.
Na Bielorrússia, as criptomoedas não podem ser consideradas dinheiro (notas eletrônicas e estrangeiras) ou títulos; ao contrário da Suíça, onde os ativos digitais estão sujeitos às mesmas regras que as moedas estrangeiras.
Em termos de tributação, a legislação é bastante liberal. O país anunciou que as atividades relacionadas à mineração, criação, aquisição e venda de tokens permanecerão isentas de impostos até 1º de janeiro de 2023.