O Banco Mundial rejeitou um pedido de El Salvador para ajudar na implementação do Bitcoin (citação BTC) com curso legal.
A preocupação com a transparência e o impacto ambiental da mineração de Bitcoin foram citados entre os motivos.
Tal pedido rejeitado? Isso não nos surpreende ...
No início deste mês, o país centro-americano anunciou planos de se tornar a primeira nação a adotar formalmente a moeda digital. El Salvador pretende usar Bitcoin como moeda com curso legal em paralelo com o dólar americano. Lembramos, de fato, que o país adotou o dólar norte-americano há alguns anos, abandonando sua moeda nacional.
A decisão do Banco Mundial pode significar que o país enfrenta problemas para cumprir o prazo para garantir que o Bitcoin seja aceito nacionalmente nos próximos três meses.
"Estamos comprometidos em ajudar El Salvador de várias maneiras, incluindo transparência monetária e processos regulatórios", disse um porta-voz do Banco Mundial à agência de notícias Reuters por e-mail.
“Embora o governo nos tenha contatado para obter assistência com o Bitcoin, isso não é algo que o Banco Mundial possa apoiar, dadas as lacunas ambientais e de transparência”, acrescentaram.
Isso aconteceu depois que o ministro das finanças de El Salvador, Alejandro Zelaya, disse na quarta-feira que o país havia pedido assistência técnica ao Banco Mundial para implementar a criptomoeda como método oficial de pagamento.
Zelaya disse ainda que as discussões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) foram bem-sucedidas, afirmando que o FMI não era "contra" a implementação do Bitcoin.
El Salvador abriu caminho para outros países
Mas o FMI disse na semana passada que viu "problemas macroeconômicos, financeiros e jurídicos" com a adoção do Bitcoin por El Salvador.
Na semana passada, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a classificar oficialmente o Bitcoin como moeda fiduciária. Seu Congresso aprovou a proposta do presidente Nayib Bukele de adotar a criptomoeda.
O presidente Bukele disse que o governo fez história e que a mudança tornaria mais fácil para os salvadorenhos que vivem no exterior enviar dinheiro para casa.
De acordo com a legislação, o Bitcoin terá curso legal, junto com o dólar americano, dentro de 90 dias da aprovação pelo Congresso.
A nova lei diz que todas as empresas devem aceitar o Bitcoin como moeda legal para bens ou serviços, a menos que sejam capazes de fornecer a tecnologia necessária para processar a transação.
A economia de El Salvador depende fortemente de remessas, ou dinheiro enviado do exterior, que representam cerca de 20% do produto interno bruto (PIB) do país.
Mais de dois milhões de salvadorenhos vivem fora do país, mas continuam mantendo laços estreitos com sua terra natal, retornando mais de US $ 4 bilhões anualmente.