Um homem processa a Claro após perder seus bitcoins na Binance

Homem processa Claro após perder seus bitcoins na Binance - triste investidor 56a6fef03df78cf77291542fHá alguns meses, um residente brasileiro sofreu o roubo de mais de US$ 34.000 em bitcoin (citação BTC) da sua conta Binance. Mas, longe de reclamar com a plataforma, ele entrou com uma ação contra a operadora de telefonia Claro alegando que seu chip havia sido clonado.  

Claro parou de funcionar de repente

O caso, noticiado pela revista brasileira LiveCoins, começou em dezembro do ano passado, quando a linha móvel Claro do celular do homem parou de funcionar repentinamente. Quando isso aconteceu, o homem reclamou com o atendimento ao cliente. Depois de alguns dias, ele recebeu um novo número de telefone em uma loja Claro. 

Mas quando tudo parecia resolvido, ele percebeu algo inesperado. Os bitcoins que ele tinha em sua conta Binance desapareceram. Ele percebeu que alguém com um dispositivo móvel localizado na cidade de São Paulo havia clonado seu chip e retirado todos os seus fundos da plataforma de criptomoedas, que eram mais de US$ 34.000 em BTC. 

Ele explica que seu chip foi clonado, ativado em outro dispositivo e usado para roubar seus bitcoins. Ele indica que o hacker conseguiu fazer login em sua conta Binance por meio da recuperação de senha SMS habilitada para plataforma. 

Esse tipo de golpe é conhecido como troca de SIM ou duplicação de chip. Consiste em duplicar o cartão SIM de um celular para receber o código enviado pelas plataformas via SMS para confirmar uma transação. Dessa forma, o golpista pode fazer login em suas contas pessoais e sacar seu dinheiro.

Diante dessa situação, o usuário processou a Claro no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ele alega que houve uma falha na prestação do serviço que causou sérios danos ao investidor de bitcoin. Ele pediu à empresa que lhe pagasse R$ 10.000 mil por danos morais. 

Claro negou acusação, mas tribunal pediu que ela provasse que não facilitou fraude de bitcoin

Em resposta à ação, a Claro negou o pedido de indenização alegando que não era responsável pela fraude da Binance e pediu para ser excluída da ação. No entanto, o juiz do tribunal não compartilhou as declarações da empresa e pediu que ela comprovasse que não é responsável pela falha na prestação do serviço.  

Portanto, o caso ainda está aberto. A Claro terá que provar que não favoreceu a fraude, enquanto a Binance não recebeu nenhuma reclamação das partes envolvidas. Embora outros usuários latino-americanos, como Colômbia e Venezuela, tenham tomado medidas legais contra a plataforma no ano passado por várias perdas de bitcoin.  

Essa situação demonstra a importância que os detentores e comerciantes de criptomoedas devem atribuir às medidas de segurança de seus fundos. Conforme explicado na Cryptopedia, é sempre aconselhável manter as criptomoedas em carteiras autoprotegidas fora das exchanges para evitar situações como essas.